A minha família paterna do ponto de vista do Family Finder

 


Em 2008, o meu tio Jorge, irmão do meu pai, durante uma tarde em que conversámos e nos divertimos muito, cedeu generosamente o seu ADN e, autorizou a sua recolha e envio para os Estados Unidos. Esse ADN ficou armazenado por , o que permite que sempre que surjam testes mais avançados se possa fazer novo pedido, sem ter de enviar amostra biológica. Estou-lhe muito grata. Nesse dia foi o meu pai.

Entre o que escrevi aqui em 2008 e o que escrevo hoje, passou mais do que uma década. Os testes de ADN vulgarizaram-se muito, principalmente os testes de ADN autossómico, que com as ferramentas a eles associados permitem fornecer percentagens de origens étnicas.

Entre comprar um teste mais moderno e mais completo, de entre os testes de ADN que têm por base os cromossomas sexuais e, tentar um destes, a escolha foi fácil. Falou mais alto a curiosidade e a carteira: estes testes são bem mais baratos.

Os testes que fiz em 2008, e os novos que conto voltar a pedir, apresentam os resultados apenas para a linha varonil direta do testado (cromossoma Y), o mesmo acontecendo no caso da linha materna (mtDNA). Ou seja, nestes testes, que são mais cirúrgicos, todo o interior da copa da arvore genealógica se perde, exigindo mais testes com recurso a outros dadores, obrigando também um esforço financeiro considerável para obter um mapa étnico mais completo e personalizado.

O teste escolhido, o Family Finder ,usa ADN autossómico de qualquer uma das nossas linhagens ascendentes das últimas cinco a seis gerações (aproximadamente). A ferramenta myOrigins fornece a análise das percentagens étnicas, de entre um conjunto genético de cerca de 90 populações de referência de todo o mundo.

Explicando um pouco melhor, o ADN autossómico é o ADN de um de nossos cromossomas localizado no núcleo da célula. Geralmente exclui os cromossomas sexuais (XY). Os humanos têm 22 pares de cromossomas autossómicos e um par de cromossomas sexuais. Todos nós herdamos ADN autossómico de ambos os pais, dos quatro avós, dos oito bisavós, etc.

Cerca de metade do nosso ADN autossómico herdamos de cada um dos nossos progenitores. Eles, por sua vez, receberam cerca de metade de seu DNA autossómico de cada um de seus pais. No entanto, cada vez que o DNA autossómico passa de pai para filho, ele é parcialmente misturado, num processo chamado "recombinação". A aleatoriedade da recombinação significa que, após 5 a 6 gerações, poderemos ter muito menos DNA autossómico de uma linha do que de outra. Por esse mesmo motivo, os resultados do meu teste podem ser algo diferentes dos da minha irmã, porque as combinações serão diferentes.

Em resumo, estes testes têm a vantagem de apresentar uma caldeirada de resultados, que os testes do cromossoma Y e do mtDNA não apresentam, o que modo ter vantagem se queremos uma visão macro da nossa origem.

 

Em detalhe, os resultados apresentados no mapa:

Europa 100%. Dos quais 89% da Península Ibérica, com 5% da Escandinávia e outros 5% da Irlanda. E mais uns pozinhos de Povos Eslavos e Judeus Sefarditas.

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